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sábado, 4 de junho de 2011

Ônibus e aquela velha vida cotidiana

Tudo começa no ponto do próprio, a espera é longa, mesmo que se marque o horário da passagem do grandão, nunca para no mesmo instante. Entra-se. Meio dia, lugar vago não há, só um bando em pé, até a mochila não tem passagem entre os pequenos espaços. Vem a indignação, a raiva, todo tipo de sentimento ruim. A moça ao lado pede a mochila, dá-se e o alívio aparece. O lugar vai ficando apertado, nem o vento tem um cantinho no alvoroço. Enquanto ocorre uma tentativa de se espremer para que a senhora atrás consiga chegar à porta traseira, um cavalheiro nato, com sua bolsa nas costas, tentar garantir sua locomoção e tromba em todos. A senil consegue descer, ainda bem! Ah, o cavalheiro também. A viagem é longa, os pensamentos vão correndo na cabeça, a paisagem não é das melhores, mas favorece uma leve distração, as pessoas são seres incrível, interessante observá-las de vez em quando. Depois de quase uma hora segurando nos apoios do pau de arara, aparece uma banco livre.

O destino está se aproximando, escuta-se uma musiqueta daquelas adoráveis, são os Dj’s com suas caixas de som ou celulares, sempre felizes curtindo forrós excelentes e às vezes reggae. O grandão não para de balançar, uma criança caiu com a freiada brusca do motorista, o qual possivelmente acha estar num caminhão de Fórmula Truck no meio da corrida. Entra um jovem com dois irmãos, todos com idade entre 6 e 15 anos, o motivo se torna claro desde do início, o discurso começa: “ Tô aqui pra pedir dinheiro pra compra comida pra os meus irmão e minha mãe”. Cadê sua mãe? Em casa? Vocês deviam estar na escola isso sim. O governo tem programas de sobra nesses casos. Uma pura vergonha, o coração aperta e a sensação de impotência vem a tona. Receberam algumas moedas e logo foram embora.

Completando a surpresa entra um ex-presidiário: “As pessoa tão me tratando mal, me olha de cara feia, a qualquer momento eu posso fazer uma loucura, então se vocês puder mim ajudar...”. O medo faz com que sejam desembolsados trocados pela maioria. E finalizando aparece um vendedor de guloseimas, uma Bomboniere a serviço dos passageiros, refrigerante, água e doces. Chegamos ao final, na volta tem mais, amanhã também, enfim, todos os dias por muito e muito tempo.

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