Venho por meio desta mostrar minha indignação sobre fatos acerca da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Fatos esses absurdos, e que rondam alguns cursos oferecidos pela instituição. A disparidade entre eles é enorme, existe um fosso no meio daqueles blocos. Temos um curso no qual está entre os 10 melhores do Brasil, demonstrando a possibilidade de melhora, já que antes de se tornar exemplo, foi considerado ruim. Em contra partida a isso, temos cursos sem blocos, sem professores, sem mínima estrutura necessária para seu funcionamento, vivendo de improvisos e empréstimos.
É difícil sentir algum orgulho desse jeito, diria impossível. Diante disso ratifico minha admiração pelos colegas de turma e outros períodos, pois mesmo sabendo dos obstáculos a serem enfrentados, não largaram o objetivo ou fugiram das obrigações, pelo contrário, encaram de cara limpa suas responsabilidades. Como estudar num local cujo banheiro não tem sabonete ou papel higiênico? Como estudar num local sem segurança, sem espaço pra todos no RU, sem uma moradia digna para os estudantes, sem assistência estudantil verdadeiramente boa?
Estamos falando de serviços básicos, não de regalias ou exageros descontrolados. Um curso de Jornalismo sem jornal, sem rádio, sem modernidade? Um curso de Filosofia sem bloco? Assaltos a luz do dia? Queremos um lugar melhor, possibilitando um ambiente propício ao estudo. Queremos igualdade entre os cursos! Se for para expandir tanto a academia, vamos expandir com qualidade, sem deixar faltar nada nos pólos do interior nem no campus de Maceió. Estão chegando ao mercado de trabalho profissionais com grandes lacunas de sabedoria, tudo isso por pura negligência. Depois do ingresso na Universidade Pública, descobri com certeza os motivos dos que vão para as particulares.
Ouvindo uma entrevista numa rádio, percebi de verdade o caminho trilhado pelos cursos. Nela, pessoas de Engenharia Civil falavam de quanto o curso era bom e estava bem colocado no cenário Brasileiro. Um dia penso poder o coordenador da minha graduação estar ali, falando o quanto estamos bem, modernos e produzindo conhecimento. Fiz minha escolha por amor à profissão, um amor puro e idealista, que visa antes de tudo somar, não subtrair. Mas estou encontrando numerosos e desestimulantes obstáculos. Pensei em desistir. Só pensei.
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