Domingão do balão, educação e classe social.

Domingo, nada pra assistir, a programação como sempre é das piores. Essa é a realidade dos brasileiros sem TV por assinatura, são “obrigados” a ver o que estiver passando. Geralmente uma Casquinha de sorvete falante ou algo relacionado a encontrar alma gêmea, só besteira. No melhor um futebolzinho no meio da tarde. Mas a situação não é assim só no primeiro dia da semana, nos outros dias ela se repete quase que da mesma maneira.

Os programas ditos “Cult” têm horários péssimos, geralmente depois da meia noite. Os brasileiros têm de trabalhar, impossível ficar acordados até 2 horas da manhã. Relevante também é que uma das únicas diversões das pessoas com menor poder aquisitivo é a televisão, sendo assim, são impostas a elas um tipo bem peculiar de atrações de baixo nível, incluindo novelas e programas de auditório.

As preferências de vários públicos, ditadas na maioria das vezes pela mídia, torna-se algo bastante negativo, principalmente musicalmente falando. Bandas de destaque na imprensa em muitos momentos são indignas do patamar no qual são colocadas. Como cobrar um gosto mais apurado de uma massa manipulada pelos meios de comunicação? É preciso haver uma reeducação antes de tudo. Melhor, é necessária uma educação de verdade, oriunda das escolas, o melhor ambiente para se formar cidadãos comprometidos, não meros protótipos influenciáveis.

Quando o governo parar de querer comprar a população usando de seus programas assistencialistas e investirem em colégios de qualidade e professores com salários compatíveis o país vai mudar, chegará finalmente ao desenvolvimento. Muitos vivem abaixo da linha de pobreza, a classe média, apesar de ter crescido, vem perdendo seu poder financeiro, ela é como um filho do meio, o rico é seu irmão mais velho e o pobre o mais novo. Ocorre certo esquecimento, enquanto os filhotes da extremidade ganham atenção, o do meio acaba ficando solitário.

Igualdade, a palavra que define bem a prioridade atual. Porém longe do que a palavra aparenta dizer, quero uma igualdade de oportunidades, não um comunismo,e sim acesso a educação, saúde e segurança para todos. Quero o cumprimento dos direitos! Para que pagar plano de saúde, colégio e segurança particular se temos direito a isso?